Lixões de Tapes novamente na pauta

Lixos domésticos, material de construção, pneus e falta de educação
Lixões de Tapes novamente na pauta
A questão ambiental, envolvendo os lixões de Tapes, 'botas-foras' irregulares, com despejos ilegais e que somadas a falta de controle e fiscalização, criam o 'caos' em esquinas e terrenos baldios da cidade, teve nesta semana que antecedeu a Semana Mundial do Meio Ambiente, um novo capítulo, pois segundo dezenas de testemunhas, a Prefeitura foi flagrada despejando lixos de obras num lixão junto a Escola Nossa Senhora do Carmo, mantido pela falta de ação fiscalizatória da SMMA e do Ministério Público, que segundo consta, foram informados pelos ambientalistas da gravidade da situação, em ofício nº 001/2014 para esclarecer ao Promotor sobre estas denuncias de despejos de lixos do ano de 2013, na Rua Serginho.
Foram encaminhadas diversas localizações de lixões em todos os bairros da cidade.
Veja o documento na nuvem 'Dropbox' de Os Verdes, click aqui 
Lixão da Rua Flores da Cunha: Ao lado da Escola, nenhuma educação
Lixão da Escola
Nas redes sociais, a denuncia feita pelo vereador Didio (PT) de que na escola, onde é professor, a revolta dos alunos e professores com a realidade ao lado de seus muros, mostra a falta de educação de parte da administração e da população, que utiliza o lugar de forma clandestina.
Na manhã da sexta-feira (30), os moradores, estudantes e professores da Escola Estadual Nossa Senhora do Carmo flagraram o Poder Público, despejando em reboques da Prefeitura de Tapes lixos de construção, e descartaram em local inadequado e irregular, quatro cargas de telhas, que foram retiradas do Hospital local, que passa por reformas.
Segundo o vereador, não houve uma preocupação social e ambiental no ato de descartar material de construção que poderia ter alguma utilidade. "Se as telhas não serviam mais ao poder público, este é o local adequado para descartar? Será que não poderia ser reutilizado pelo próprio município? Será que não poderia ser destinado a alguma entidade de Tapes? Será que não poderia servir para auxiliar alguma família que necessita de telhas para melhorar sua moradia?", questiona o edil.
O site Online Comunicações, buscando de parte da administração uma explicação, recebeu a versão de que 'um funcionário' teria cometido o erro ao enviar os lixos para aquele local.
Prefeito admite erro de funcionário em descarte de telhas
Leia a entrevista neste link. 
Lixão da Wolff: Lixos e animais convivem junto aos moradores
Lixão da Wolff
O Prefeito de Tapes, em entrevista ao Lagoa TV, poucos dias atrás, disse que somente com a cosncientização dos moradores se poderá reverter a situação dos despejos de lixos nas ruas. No vídeo a situação da Vila wolff se amplia, mesmo com matérias anteriores que apontam a gravidade do crime ambiental, onde por várias vezes a rua fica intransitável, devido a quantidade de lixos no lugar.
Veja o vídeo do Lagoa TV, click aqui
Lixão da Camélia: Em 2010, existiam lagoas de chorume
Problema antigo
Em realidade, a questão que envolve os lixos de Tapes, remonta a várias épocas e situações escabrosas que deixaram a cidade conhecida mundialmente pelo Lixão da Camélia, ter sido um local de má operação e descalabro ambiental, que cessou em 2011 após anos de lutas e  de uma ação popular de 2004, impetrada para impedir a continuidade do crime, que ainda perdurou por mais de sete anos, sendo cinco destes, sem licença de operação e com 'ilações' da Prefeitura de suposto 'aval' do MP de Tapes para a continuidade dos despejos. O MP negou 'peremptoriamente' no ofício 885/2010 ter dado licença 'ilegal' para o crime ambiental continuar.
Leia na Ecoagência, sobre a falta de Licenças ambientais, click aqui 

Leia em Os Verdes sobre a decisão do MP em agosto/2010 pelo fechamento do Lixão, click aqui 
Butiazal de Tapes: proximidade com lixão afeta avi-fauna
Recuperação do Lixão
Mesmo após interdição de 2011, é possível visualizar restos do lixão (imagem março 2013)
No final da Semana do Meio Ambiente, na próxima sexta (06/06), segundo folder do evento, haverá palestra com o geólogo responsável pelo lixão, e que desde 1999 vinha 'tentando solucionar' o problema dos despejos irregulares e poluição, tendo sido indiciado pelo crime ambiental cometido pela administração estes anos todos. Ele irá falar sobre 'aterro sanitário' da Camélia, local de um lixão com 29 anos e que está agora em recuperação 'natural' após a decisão judicial pelo fechamento. A parte técnica e burocrática está em trâmite, existindo uma LO para a recuperação da área degradada, sem uso para despejos.
Natureza após 2 anos recupera sozinha a área afetada (imagem março 2013)
O que esperamos, enquanto ativistas que durante anos denunciaram a calamidade do lugar, é que não sejam invertidas as situações, ao ponto de seguir o exemplo no processo judicial, ainda em trâmite, onde afirmam que nunca houve um lixão, e sim um 'aterro' e de que não houve poluição, apenas má operação e que foram sanadas.
Segundo sabemos, desde 2005 quando do TAC assinado pelo Prefeito anterior até o final do ano de 2010, quando denunciamos na Band e RBS a realidade de degradação ambiental, contaminação, poluição, crime ao meio ambiente, aos recursos hídricos, à fauna, as abelhas e insetos e toda a sorte de seres vivos; conseguimos acelerar o processo no Ministério Público, na Comarca e nos órgãos ambientais que estavam assistindo a situação piorar e nenhuma ação efetiva para proteger o meio ambiente. Quando assistiram nos noticiários das duas maiores redes de TV do RS, resolveram agir para fechar o lugar.
Veja a matéria na RBS TV sobre o lixão da Camélia em novembro/2010, click aqui 

Após a decisão judicial de março de 2011, em 31 de julho de 2011, se conseguiu o fechamento integral do lugar.
Leia a integra da Decisão, click aqui 

Ouça a entrevista na Rádio Gaúcha sobre o fechamento, click aqui

Lixão da 13 de maio 
A realidade do lixão da 13 de maio, é outra que precisa ser alertada a população, existindo multas sendo aplicadas no Município por operarem sem as devidas licenças e a população amargando prejuízos na qualidade de vida, do ar, do ambiente onde vivem.
Vejam matéria do ano de 2010, click aqui 
Segundo consta no sistema do TCE, houveram multas pagas pela Administração ao Fundo Estadual do Meio Ambiente, de quase 5 mil reais por operarem o local sem as devidas licenças.
Veja o extrato:
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