Sanga das Charqueadas: FEPAM sempre soube que estava sendo enganada

Sanga das Charqueadas: FEPAM sempre soube que estava sendo enganada 
Durante trinta dias o site aguardou pacientemente pelas providências prometidas pela entrevistada. Diante do silêncio, apesar da inúmeras tentativas de contato, se sente na obrigação de informar a opinião pública dessa entrevista
Em entrevista concedida ao Tapes.Com, no dia 09 de dezembro de 2011, no Cemitério Municipal de Tapes, a técnica da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), senhora Sara Bursztejn, responsável pelo Auto de Infração n° 493/2011, comprovou que esse órgão estadual, responsável pela concessão de licenciamento e fiscalização, sempre soube que a estação de tratamento dos efluentes da Fábrica Rosvare não funcionava e que os efluentes, um líquido preto, com cheiro nauseante e quente, eram lançados diretamente na Sanga da Charqueadas, em Tapes/RS. Na entrevista, inclusive diz que a poluição é apenas 'visual', não comprometendo o meio ambiente daquele recurso.
Segundo os articulistas do Site Tapes.Com, o que causou "estupefação", foi que a poluição estaria ocorrendo com total conhecimento da FEPAM, 'há muitos anos e mesmo assim o órgão teria concedido a licença de operação', diz a matéria. 
Na entrevista, a técnica responsabilizou também o município pela poluição e o de forma estranha, citando o Ministério Público, como 'criador de ações para se promover'. A comprometedora entrevista, que causou "estupefação" ao Site, teve uma cópia entregue ao Ministério Público de Tapes, segundo os repórteres do Tapes.Com.
Acesse o site e ouça o áudio da entrevista e tire as suas próprias conclusões. 
Fonte: REDE Os Verdes/via Tapes.Com

Ambientalista responde criticas de Prefeito na Rádio Tapense

Governo paralisado na área ambiental
Ambientalista responde criticas de Prefeito na Rádio Tapense 
"Toda verdade passa por três estágios. No primeiro, ela é ridicularizada. 
No segundo, é rejeitada com violência. 
No terceiro, é aceita como evidente por si própria."
Schopenhauer 
Bosta de vaca, na beira de lago com chorume
Na segunda-feira, 16 de janeiro de 2012, o Prefeito esteve na Rádio Tapense e falou sobre as situações envolvendo o município em diversas áreas. 
Lixão polui, Ambientalistas denunciam
Entre tantas perguntas e respostas, novamente fez ataques 'covardes' contra os ambientalistas de Tapes, não citando os nomes destes que estão colocando em xeque uma Administração Pública que está aquém da proteção ambiental, favorecendo com isso prejuízos enormes no ramo econômico do turismo. Ao citar estar tendo prejuízo, por ter de cumprir decisão judicial, não lembra que foram devidas pelas faltas que a própria Prefeitura cometeu, quando não renovou as licenças ambientais e não operou corretamente como devia para impedir que a poluição se instalasse de forma crônica, no Lixão da Camélia. 
Quanto as praias da cidade, que estão sem condições de balneabilidade, conforme os últimos laudos da FEPAM; apontam que Tapes precisa urgente que sejam investidas ações para sanear com o grave despejo de esgotos e líquidos industriais nas sangas, que irão parar na beira da praia. E não ficar tergiversando 'respostas' que nada dizem. 
 
As mesmas 'velhas' desculpas 
na 'veterana' Rádio Tapense 
Sobre as respostas do Prefeito, e que não condizem com a verdade, avalio que ele se encontra na condição de ‘perdedor’, e com isso, tais declarações suspeitas, apenas aumentam seus problemas, pois o ano de 2011 foi 'ruim' para os agressores do meio ambiente, em 80% dos casos, à Administração Pública que sofreu interdições, processos, ações criminais, multas, embargos e muita dor de cabeça para aqueles que não fizeram 'bem' suas tarefas. 
Fábrica polui, Ambietalistas denunciam
Quanto a legitimidade para ingressar contra as aberrações que afetam o meio ambiente, digo e repito que sempre assinei todas as denúncias que fiz, jamais me escondendo atrás de instituições ou usando-as para atacar alguém. Diferentemente daquela afronta a inteligência alheia, na qual usam a Prefeitura e o dinheiro público para produzirem panfletos mentirosos contra minha pessoa. 
Fábrica polui, Ambientalistas denunciam
O que vejo nisso, é a falta de respeito por aqueles que não têm apenas coragem, mas que não conhecem o medo, e não se curvam diante de ofertas e pressões que não dignificam o ser humano e o que acreditamos, seja democracia.
Quando usa o veículo de comunicação para iludir as pessoas, com desculpas esfarrapadas e assumindo até para turistas que a cidade 'não tem condições de recebê-la', assina um atestado nefasto, de incompetência para com todas aquelas ações básicas de manter a cidade em condições de receber pessoas vindas de outros lugares, pois assume até, que seus projetos são outros, bem maiores e lucrativos, com portos, revitalizações de orla, energia eólica e outras 'obras' importantes para Tapes e seus sócios.
Esgotos polui, Ambientalistas denunciam
Ao afirmar que está sob pressão daqueles que se utilizam, dos 'meios informáticos', revela uma realidade nefanda e prejudicial a democracia e do direito ao acesso a informação, a comunicação livre de censura e de 'acertos' para evitarem que determinados assuntos estejam na páginas dos jornais impressos.
Com isso, além da falta do 'direito' de poder no mesmo contexto responder as acusações e ilações do Prefeito, no mesmo meio de comunicação que lhe concedeu espaço para entrevista, vejo que fica apenas a versão oficial, como se a população não soubesse da real situação de suas ruas, de sua comunidade, da cidade onde vivem.
Júlio Wandam
Fonte: REDE Os Verdes/via Facebook

Mais um ataque contra a arborização urbana

Mais um ataque contra a arborização urbana 
Desta vez licenciada pela SMMA, mas feita na madrugada, o que não dá para entender. Se estava licenciada, porque fazer longe dos olhos da população, durante a noite?
Esta pergunta se faz, quando pela manhã, as pessoas encontram uma árvore abatida de forma criminosa, por que havia 'prejudicado' a calçada em menos de meio metro quadrado. 
O que procuro explicação, qual avaliação foi feita, se pelo 'padrão de cores', quando um prédio de cor laranja, tinha em frente um destaque maior o Verde das copas de legustros ali plantadas mais de décadas, ou se fora avaliada a importância da árvore do ponto de vista biológico, ecológico, de patrimônio ambiental de todos na cidade. Na versão mais técnica e burocrática, a lei permite, paga-se a taxa e suprime-se então a árvore 'pública', para destacar o prédio 'privado' e a cor laranja suponho, pois a calçada poderia ser consertada, ter sido feito uma proteção e abertura da calçada em torno do tronco para ela se adaptar ao novo ambiente daquela 'nova' calçada que suponho será feita, quem sabe embelezando até a frente do prédio. 
Mas não, a visão foi de ser feita uma correção e quem sabe 'aparecer' melhor o prédio do Boliche, antigo Bolão e Bochas, me parece é o que prevaleceu. 
Mas aquela árvore, mesmo abatida tem sua serventia para abrir um debate que há anos é necessário, visto diversas figueiras terem sido abatidas, mesmo imunes ao corte por lei estadual, durante anos na cidade. Uma figueira, algumas centenárias até, tem um valor ambiental muito maior que um legustro, planta usada em arborização urbana. 
Quando se observou aquelas árvores em frente ao novo prédio, que 'heroicamente' foi resgatado pelo Clube Aliança, com nova direção, e de que elas haviam sido podadas recentemente, afastando-se sua copa do prédio, que pode ser pintado e ganhado mais destaque na avenida, entendi que haviam feito um bom trabalho, prevaleceu a vida de uma espécie vegetal, que estão desaparecendo das ruas, umas até 'maldosamente' afetadas com aplicações de agrotóxicos e sal grosso. 
Alguns anos atrás, em frente um prédio público, sede do CRAS, após reformas, foram arrancadas duas espatodéias e uma goiabeira, carregada de frutos, árvores adultas e que após as criticas, disseram iriam plantar novas mudas de árvores, pois aquelas, no meu entender, escondiam a nova fachada e a placa nas paredes, era a única explicação, pois da mesma forma, poderiam consertar a calçada sem afetar as árvores. 
Até hoje o local onde seriam replantadas árvores, próprias para calçada, não foram ocupadas, o que não entendo, pois havendo espaço de sobra nas calçadas, a necessidade de arborizar as ruas, educar a população para ajudar e cobrando mudas de árvores para compensar aquelas abatidas, onde estão estas árvores para reporem a cobertura vegetal nas ruas de Tapes? Em Arambaré, onde as figueiras são árvores protegidas e homenageadas, um galho de uma destas árvores centenárias, tombou e interditou uma rua da cidade, que teve seu trânsito desviado para outras ruas, pois prevaleceu a lógica da importância daquela vida no contexto do turismo local, onde ainda se tem praias, areia, natureza e atrativos que trazem milhares de turistas aquela cidade em nossa região. Muitos tapenses até fazem turismo por lá. 
Assim, como em Rapa Nui, aquele povo da Ilha de Páscoa que abateu todas as árvores de seu mundo e descobriu depois sua utilidade para sombra, fruto, oxigênio, chuvas e outras dádivas; entendo que a extinção deste povo começou quando não mais havia sentimento pela terra, apenas havia competição, lucros e o desastre anunciado. 
Por Júlio Wandam
Fonte: REDE Os Verdes/via Facebook